10/08/2011 | Categoria: Algodão

Algodão: Altas são interrompidas

Os preços do algodão em pluma voltaram a recuar no mercado doméstico nos últimos dias, conforme levantamentos do Cepea. Diante das altas em semanas anteriores no Brasil e das recentes fortes quedas no mercado internacional, indústrias se retraíram, ao passo que produtores passaram a ofertar novos lotes. Entre 2 e 9 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias recuou 1,23%, fechando a R$ 1,8604/lp na terça-feira.

Preço do algodão deve alcançar os 100 cents por libra-peso nas próximas sessões

O banco ANZ informou nesta quarta-feira que os preços do algodão deverão alcançar os 100 cents por libra-peso nos próximos pregões. O principal estímulo para a pluma deverá ser o reporte de uma redução na estimativa para a produção norte-americana reportada amanhã pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu relatório mensal de oferta e demanda. O declínio deverá ser de 6% para a temporada 2011/12.

De acordo com um economista do banco, a redução da área plantada e também da produtividade devem fazer com que a produção recue de 16 milhões para 14,5 milhões de fardos.
Nesta quarta-feira (10), os futuros do algodão negociados na Bolsa de NY encerraram o dia em alta. Às vésperas dos números do USDA, os principais vencimentos fecharam a sessão diurna com altas superiores a 200 pontos.

Soja e Algodão terão o melhor desempenho na safra 2010/2011

No Brasil, o crescimento da irrigação em lavouras como soja e algodão vem ganhando cada vez mais espaço

Isso porque, além de garantir estabilidade na produção, evitando os graves prejuízos causados pela seca como em anos anteriores, a irrigação ainda possibilita excelentes ganhos de produtividade. No caso do algodão, com o uso de irrigação, a produção pode ser triplicada quando comparada a produção em sequeiro.

E segundo estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na última terça-feira (09), serão justamente a soja e algodão as culturas que terão o melhor desempenho da história na safra 2010/2011, que deve alcançar 161,5 milhões de toneladas.

De acordo com a Conab, a área cultivada aumentou 4,7%, atingindo 49,6 milhões de hectares (ha), ou seja, 2,2 milhões de ha a mais que em 2009/10, quando chegou a 47,4 milhões de ha.

A produção terá aumento de 8,2%, ou cerca de 12,3 milhões de toneladas a mais que a safra passada, quando chegou a 149,2 milhões de toneladas. Já em relação ao último levantamento, realizado em julho, a produção baixou 0,3%, ou o equivalente a 516 mil toneladas. Soja, milho, algodão, feijão e arroz tiveram ampliação de área e foram os principais responsáveis pelo crescimento da safra, ao lado da boa influência do clima no desenvolvimento das plantas.

O aumento de área da soja foi de 3%, em relação ao ano passado. Saiu dos 23,47 milhões de hectares para 24,17 milhões de ha, enquanto a produção cresceu 9,6%, subindo para 75,3 milhões de toneladas. A colheita está encerrada.

O crescimento da área algodão é de 67,5%, chegando a 1,4 milhão de ha. A produção deve ser de 1,95 milhão de toneladas de pluma. Em relação ao último levantamento (2 mi t), há previsão de queda, devido à antecipação do período de estiagem, principalmente na região Centro-Oeste.

A pesquisa em campo foi realizada pelos técnicos da companhia, no período de 18 a 22 de julho. Foram visitados os representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados, nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.