Indústria Têxtil para moda casa fatura alto com licenciados

03/05/2013 | Categoria: Geral

Indústria Têxtil para moda casa fatura alto com licenciados

Impulsionado pelos produtos licenciados, mercado que gira mais de R$ 4 bilhões por ano no país movimentou cerca de 698 milhões de peças e R$ 7,5 bilhões em 2012, o que representa alta de 3,2% em volumes e 6,2% em valores, quando comparados ao ano de 2011 (fonte IEMI)

A alta no faturamento e o fato do setor têxtil ser o segmento que mais utiliza o licenciamento no Brasil são os principais motivos que levarão as indústrias a lançarem na Textil House Fair, novos produtos com marcas licenciadas, principalmente as dirigidas ao mercado infantil. Com o intuito de vender mais e melhor, as companhias do segmento têxtil apostam nos licenciamentos para agregar valor aos produtos, aumentar a diferenciação em relação aos concorrentes, aproveitar a oportunidade de associar rapidamente o produto a um modismo e atender de forma mais adequada a determinados segmentos de público.

Se valer da imagem de história de heróis e desenhos conhecidos tornou-se uma excelente estratégia para empresas com foco no público infantil, além de ser um bom negócio para quem está entrando no mercado. “O licenciamento abre portas no varejo e ajuda a construir um forte branding. Com um bom apelo comercial, o entretenimento hoje já pode ser estampado em milhares de produtos, e a Têxtil House Fair, é um evento que demonstra isto, lá é possível encontrar diversos fabricantes com diferentes linhas e também o lojista que compra o produto para revender e encantar as crianças”, completa Tarso Jordão, CEO da Grafite Feiras - promotora da Têxtil House Fair.

Quinto país em faturamento de licenciamento de marcas no mundo, o Brasil que fica atrás apenas dos Estados Unidos, China, Canadá e México, trará muitas dessas marcas para São Paulo, durante a Têxtil House Fair. Caso da Jolitex Ternille que aposta nos produtos licenciados e apresentará cobertores, tapetes, mantas e colchas nos motivos: Mickey, Minnie, Princesas, Barbies, Hot Wheels, Sininho, Marie, Moranguinho, Hello Kitty, Carros, Monster High e Angry Birds. Já a Camesa lança novidades para o público infanto-juvenil com jogo de cama e toalhas de banho da novela Carrossel e do jogo Angry Birds. Para agradar as meninas, a empresa ainda apresenta a bolsa cobertor da Disney, é um cobertor em microfibra acomodado em uma bolsa com estampa da Minnie, Princesas e Cinderela.

Atualmente as marcas mais usadas no mercado brasileiro são as relacionadas aos desenhos animados e Histórias em Quadrinhos, que respondem por cerca de 70% deste setor. Barbie, Carros, Hot Wheels, Bem 10, entre outros super-heróis são as que possuem maior número de licenciamentos. 20% do mercado de licenciamento são de propriedades corporativas e 10% do mercado de licenciamento são propriedades ligadas ao esporte.

Ainda pouco exploradas, as marcas nacionais são ainda mais atrativas para as indústrias têxteis que querem iniciar neste segmento. A taxa de royalty de uma marca nacional é consideravelmente mais baixa do que o licenciamento de um personagem da Disney. Outro conselho importante na busca pela propriedade nacional e fugir dos já conhecidos Cocoricó, Sítio do Pica-pau Amarelo, Carrossel, Turma da Mônica e Galinha Pintadinha, e investir em marcas como A turma da Luluzinha, Os carrinhos, Princesas do Mar, Peixonauta, Meu Amigãozão, entre outros.

Segundo dados da Abral – Associação Brasileira de Licenciamento, o Brasil possui 500 empresas licenciadas, 600 licenças disponíveis, das quais 75% são estrangeiras. Gera 1300 empregos diretos, milhares de empregos indiretos e acumula uma média de crescimento de 14% nos últimos anos.