De acordo com dados da E-bit, o mercado de e-commerce registrou alta de 26% em vendas no
último Natal, em comparação com a mesma data no ano anterior.Pensando neste contexto e
no bom momento do setor, a Adyen, empresa global de pagamentos multicanal, preparou
um guia com as tendências para o comércio eletrônico em 2016. No levantamento, grandes
especialistas do varejo brasileiro de empresas como Magazine Luiza, Dafiti, Hotel Urbano,
Arezzo&CO e Sépha compartilham suas previsões para o aumento de vendas no comércio digital.
Uma das tendências para esse ano é o conceito de mobile commerce. Existem inúmeras
tecnologias disponíveis para transformar e viabilizar o m-commerce: pagamentos in-app,
compra em um clique ou toque; transações diretamente em canais de mídias sociais e
pagamentos recorrentes para assinaturas, tudo através do dispositivo móvel. Frederico Trajano,
CEO do Magazine Luiza, defende que o futuro do comércio digital será ‘mobile only, app first’,
já que temos uma taxa de conversão maior no mobile do que no desktop.
O uso do dados gerados por essas transações também pode ser o alicerce do varejo online.
Mas a inteligência e valor que se extrairá deles será mais importante do que a quantidade
ou velocidade de levantamento. Com um fluxo constante de dados originados em
diferentes dispositivos, as empresas podem aprender sobre o comportamento do consumidor.
Maurizio de Franciscis, CEO do Hotel Urbano, acredita que a economia acelera a migração do
offline para o online e que 2016 será marcado pela personalização da experiência,
baseada no comportamento do usuário, pelos sistemas de recomendação e pelo investimento
em tecnologia.
Outro ponto de atenção é que o consumidor já é multicanal e, para as lojas,
ser omni-channel é basicamente esgotar as possibilidades de comunicação entre
canais, criando uma rede neural de vendas. Maurício Bastos, Head de Omni-commerce da Arezzo&CO,
analisa que considerar a expansão dos negócios digitais como fortalecedora da rede física
é ter uma visão global do varejo.
Em 2016, uma experiência descomplicada de compra online passará necessariamente
por facilitar o m-commerce para os consumidores e, do ponto de vista do comerciante,
derrubar as barreiras para o pagamento. Ricardo Cabianca, CEO e diretor de e-commerce
da Sépha Perfumaria, explica que os varejistas sempre precisarão aumentar a conversão e
as empresas que oferecem este serviço devem investir mais na divulgação de sua
praticidade e melhorar cada vez mais a usabilidade.