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18/08/2011 | Categoria: Algodão
Algodão do Sudoeste da BA retoma produção
Revitalizar a cultura do algodão no sudoeste da Bahia, desenvolvida basicamente pela agricultura familiar. Esse é o objetivo da Secretaria da Agricultura, que através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, Adab, e da Empresa Baiana de Pesquisa Agrícola, EBDA, vem implementando ações com esse objetivo, entre elas o Projeto Fitossanitário do Algodão. Na década de
Hoje a área plantada no Vale do Iuiu é de 32,2 mil hectares, gerando cerca de 18 mil empregos na época da colheita. De acordo com Celito Breda, secretário executivo da Câmara Setorial do Algodão, “diante do potencial do vale, a área ainda é pequena, mas em relação à safra 2009/2010, que teve 13,6 mil hectares plantados, crescemos em um ano 136%”.
“O Sudoeste já foi responsável pela produção do algodão do Estado e nós estamos trabalhando para que a cultura retome o desenvolvimento nesta região, com sustentabilidade”, disse o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles.
Nesta quarta-feira, com a presença do secretário, a Câmara Setorial do Algodão, reuniu-se no plenário da Câmara de Vereadores de Guanambi para discutir questões como o controle do bicudo na entre safra, utilização de tubos mata bicudo, legislação fitossanitária para o Sudoeste, a utilização de novas variedades de algodão no Sudoeste, e a erradicação de soqueira, além de alternativas para a tecnificação da cultura na região.
Solicitar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, MDA, a inclusão no Programa Mais Alimentos de equipamentos utilizados na cultura do algodão foi uma das decisões da reunião da Câmara Setorial, coordenada pelo secretário executivo, Celito Breda. O Mais Alimentos permite ao agricultor familiar financiar até R$ 100 mil para a aquisição de um facão a um trator, com juros de 2%, três anos de carência e sete anos para pagar. “Mas na Bahia o juro é zero para o agricultor, porque quem paga é o governo, como forma de estimular a entrada da tecnologia nas pequenas propriedades”, lembrou o secretário Eduardo Salles.
Novo laboratório
Há pouco mais de dez anos, em meio à crise que atingiu a cultura do algodão no Sudoeste, um laboratório denominado VHI, equipamento importado que mede a intensidade do volume da pluma de algodão, ficou subutilizado e foi passado para os produtores do Oeste, que já estavam tendo sucesso com o algodão. Agora, tornando-se um marco da retomada do algodão do Sudoeste, o Fundeagro resolveu destinar para o Sudoeste uma das duas máquinas novas que está adquirindo. Esse laboratório tem o custo médio de R$ 700 mil, incidindo 17% de imposto de importação. Para viabilizar a compra de outros equipamentos, a câmara setorial aprovou proposta no sentido de que sejam feitas gestões junto à Secretaria da Fazenda para que o equipamento seja isento do imposto.
Para a próxima safra, o Sudoeste vai precisar de cerca de 60 toneladas de sementes e uma grande parte será encaminhada pela Abapa. A presidente da Associação Baiana de Produtores e Algodão, Abapa, Isabel da Cunha e o presidente do Fundeagro, Ademar Marçal, membros da Câmara Setorial, também participaram da reunião, deixando claro o apoio destas duas importantes instituições à revitalização do algodão do Vale do Iuiu.
Marçal destacou que “precisamos fazer a região fazer crescer e desenvolver com sustentabilidade, e o Fundeagro foi fundado para isso”. Para ele, o associativismo e o cooperativismo são necessários para fortalecer os agricultores e organizar a produção.
Dia de campo
Nesta quinta-feira, (18), a Adab e a EBDA promovem o IV Dia de Campo Algodão Sustentável, no Centrevale, em Palmas de Monte Alto, dando seqüência ao II Seminário do Vale do Iuiu, realizado hoje,(17), em Guanambi. O diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, e o presidente da EBDA, Elionaldo de Faro Teles, vão participar do evento.
Durante o Dia de Campo, os produtores receberão informações sobre defesa agropecuária e manejo dos cultivares, em cinco estações. Na primeira estação, os agricultores serão capacitados quanto ao melhoramento do algodoeiro. Na segunda estação serão abordados aspectos legislativos do controle de pragas. O uso correto de agrotóxicos é o tema da terceira estação. Já na quarta estação os participantes aprenderão técnicas de manejo do algodoeiro. Finalizando o dia de campo, será realizada a demonstração da destruição da soqueira.
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