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27/03/2013 | Categoria: Algodão
China deverá permanecer estocando algodão em 2013
Fernanda Custódio
De acordo com a funcionária do Departamento de Economia e Comércio da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDCR, sigla em inglês), Li Yan, a China permanecerá estocando algodão produzido internamente neste ano quando a nova safra chegar ao mercado. A medida faz parte de um incentivo do governo à produção doméstica da fibra.
O governo também pretende anunciar em breve o novo preço de compra, conforme discurso feito pela executiva e divulgado no site da Associação de Algodão da China. Para sustentar as cotações no mercado interno, o país comprou algodão doméstico colhido em 2012 a 20.400 yuans/tonelada.
Por outro lado, o setor têxtil chinês acredita que o programa de armazenagem do Governo é o responsável por inflar os valores do algodão, o que estreita as margens de lucros. No entanto, muitas empresas do setor precisam adquirir o produto dos estoques do país uma vez que não possuem cotas de importação.
A nação asiática administra as importações de algodão por meio de emissão de cotas. As empresas que possuem cotas pagam tributos em torno de 1%, e as que não possuem são obrigadas a pagar impostos de importação de 40%.
Segundo informações da Corporação Nacional de Reservas de Algodão, até a última segunda-feira (25) o governo chinês tinha 6,46 milhões de toneladas de pluma estocados. O volume representa cerca de 90% do total produzido no ano passado, conforme projeções da indústria. A estimativa é que a nação asiática conclua a estocagem do produto de 2012 até o final do mês de março.
Desde o início deste ano, o governo chinês iniciou a venda da fibra de safras passadas para atender a demanda interna das fábricas têxteis. Segundo dados contabilizados até a última segunda-feira (25), haviam sido vendidos 902.235 toneladas de algodão pelo governo, que pretende comercializar cerca de 4,5 milhões de toneladas através de leilões regulares.
A tendência é que a partir de abril o governo passe a oferecer mais algodão das reservas com o objetivo de atender a demanda do setor têxtil do país, conforme afirma Li. Diariamente, a China oferece em torno de 80 mil toneladas do produto.
No início do mês de fevereiro, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou o relatório de oferta e demanda, no qual, projetou que a China deverá colher 35 milhões de fardos de algodão neste ano. Já a produção mundial do produto deve totalizar 119,87 milhões de fardos.
Preço do algodão sobe no Brasil e recua no mercado externo
As cotações da pluma continuam em alta no mercado brasileiro, diferente do observado externamente. No cenário internacional, as cotações sinalizam que a demanda não está aceitando as recentes valorizações. Segundo pesquisadores do Cepea, no Brasil, as indústrias seguem ativas, tentando antecipar compras antes do pico da entressafra do Cerrado. Cotonicultores, por sua vez, seguem focados na comercialização da soja e fora de mercado para venda da pluma. Entre 19 e 26 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias subiu 2,36%, fechando a R$ 2,1382/lp na terça-feira. No mês, o Indicador acumula expressiva alta de 12,22%.
Fonte: Cepea
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