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11/06/2015 | Categoria: Economia
Em meio à crise, Pró-Sertão impulsiona crescimento de indústria têxtil no RN
Desde 2013, cerca de 80 facções potiguares executam os acabamentos de produtos confeccionados por quatro empresas âncoras. A Guararapes tem parceria com 67 dessas facções
Próximo de completar dois anos, o projeto Pró-Sertão tem dado bons resultados, superando a expectativa das entidades parcerias, como a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), através do Senai, e o Sebrae RN. Desde 2013, cerca de 80 facções potiguares executam os acabamentos de produtos confeccionados por quatro empresas âncoras. A Guararapes tem parceria com 67 dessas facções.
A gestora do projeto de confecção do Sebrae, Verônica Melo, afirmou que o Rio Grande do Norte tem vocação de trabalhar com facção têxtil, por isso que a implantação do projeto vem dado certo.
“Já existiam facções no estado e com o advento do Pró-Sertão, elas aprimoraram os serviços e outras surgiram. Os empresários viram uma oportunidade de investimento”, disse Verônica. Ela comentou que para abrir uma facção é necessário um investimento de R$ 150 mil, aproximadamente.
Verônica Melo apresentou os números positivos do Pró-Sertão no RN (Foto: Wellington Rocha/PortalNoar)
Atualmente, as empresas âncoras Hering, RM Nort, Toli, além das Guararapes, que está em expansão, participam do projeto que empregou mais de duas mil pessoas, que realizam o fechamento da peça.
Os números positivos, segundo Verônica Melo, estão dentro da meta. Até 2015, 100 facções deverão estar fornecendo material. A expectativa é que até 2020, 300 facções trabalhem no projeto para cinco empresas âncoras. A região mais impactada é a do Seridó, com os municípios de destaque Parelhas, São José do Seridó, Santana do Seridó, Equador, que já tiveram mudanças notórias na economia local.
“É perceptível à mudança na economia que a atividade proporciona no interior do estado. São regiões que não têm muitas oportunidades de negócios e o projeto leva essas possibilidades, promovendo o desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda, diversificando a indústria”, declarou a analista. Em média, uma das âncoras, injeta no Seridó em torno de R$ 2,5 milhões por mês, um número que tende a crescer mais.
“O Brasil está em uma crise econômica e a conversa que a gente tem com empresários de facções é que essa crise não chegou até eles. O nosso interesse é tornar o Rio Grande do Norte um prestador de serviço, outras marcas podem vir para cá, porque há qualidade, cumprindo as exigências legais”, e completou, “o trabalho das facções abre o leque para outras possibilidades, elas podem avançar e se tornarem fornecedoras de serviços de corte, costura, modelagem, para outras marcas, âncoras”.
Acompanhamento
Para alcançar os bons números e tornar as facções mais qualificadas, Verônica Melo, afirmou que o trabalho do Sebrae é mostrar ao empresário interessado a abrir uma facção as possibilidades, riscos, tudo que envolve o novo negócio.
“Foi estruturado um projeto que visa orientar melhor o empresário na tomada de decisão, de investir ou não na facção. Os técnicos orientam, há um plano de negócio específico com todo o detalhamento do que é necessário, investimentos, riscos da atividade, além de consultorias individuais, oficinas com especialistas no segmento. Também fazemos o licenciamento ambiental, tudo para ajudar as facções para torna-las mais eficientes”, destacou a analista sobre o trabalho desenvolvido pelo Sebrae.
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), através do Senai, trabalha na qualificação de mão de obra, reconhecida em todo o Brasil. “As empresas estão preocupadas com o nível de qualidade, e nós temos”, acrescentou. Além disso, instituições financeiras, como o Banco do Nordeste, financiam as facções.
Fonte: portal no Ar
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