Novos tecidos sintéticos feitos de plantas prontos para invadir a moda

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10/04/2016 | Categoria: Mercado

Novos tecidos sintéticos feitos de plantas prontos para invadir a moda

 

O século XXI não tem mais espaço para a super poluente indústria do petróleo e seus produtos
químicosperigosos que imperaram absolutos nesses últimos tempos.
Felizmente está crescendo em todo o mundoa adoção de tecnologias energéticas renováveis
 e produtos sustentáveis para substituir o petróleo comoprincipal fonte de energia e
matéria-prima da indústria.
 
 
 
Na moda, não poderia ser diferente, pois, graças ao crescimento explosivo do fast fashion
desde os anos 80,a moda é a segunda indústria mais poluente do mundo depois da petrolífera
, a segunda que mais consome edesperdiça água depois da agricultura e a número 1 em
obsolescência programada superando até a indústriade eletrônicos.
 
O poliéster, que é proveniente do petróleo, é a fibra mais utilizada na fabricação de tecidos,
detendo 60% domercado global de fios, sendo utilizado tanto em tecidos sintéticos feitos 100%
de poliéster como em misturascom fibras naturais como algodão.
 
O poliéster em si é um tecido muito prático, pois seca rápido, não amassa, é leve, reciclável,
não precisa deser passado regularmente como os tecidos naturais, mas tem uma grande
desvantagem, sua fabricaçãoutiliza muita água e energia e, por não ser biodegradável, leva
décadas para se decompor.
 
Atualmente existem outras alternativas sustentáveis como a fibra de ácido polilático (PLA),
semelhante ao poliéster,mas feita a partir de plantas como milho, trigo, beterraba ou de
cana-de-açúcar.
 
Só com a utilização industrial de duas plantas como o cânhamo e as algas, por exemplo,
poder-se-ia substituir porcompleto a indústria petroquímica.

Mas isso só não foi feito ainda por causa do lobby das petrolíferas e da influência dos
políticos que tem suascampanhas bancadas por essas empresas.

Um novo tecido sintético chamado Ingeo, criado pela Nature Works, é feito com a
utilização de qualquer umadas 4 plantas mostradas acima e tem as seguintes características:
 
Resistente, confortável, naturalmente isolante, absorção de umidade, mais respirável do que
o poliéster, resiste a odores, tinge rapidamente, livre de rugas, resistente a manchas,
não encolhe, seca rapidamente,hipoalérgico, não dá pilling, resistência aos raios UV naturais,
 ideal para todos os climas e é biodegradável.
 
 
 
Ele se parece com o poliéster, exceto porque o poliéster tem de ser tratado quimicamente
antes de que setorne resistente à umidade e a odores. Além de tecido, o Ingeo também é
usado em bioplásticos paraembalagens, eletroeletrônicos e talheres biodegradáveis.

Esse é um material fantástico é um ótimo exemplo de economia circular e capitalismo sustentável. 
Por ser biodegradável, o PLA pode facilmente se tornar adubo, sob as condições certas, e também
pode ser reciclado em circuito fechado.
 
Usando biotecnologia, o Ingeo foi desenvolvido em parceria com a Cargill e Dow Chemical.
 As matérias-primassão produzidas com a fermentação do açúcar extraído do milho ou
cana de açúcar e depois convertidas em fibra para criar o tecido. Quando uma roupa feita
de 100% Ingeo for parar no aterro, a peça irá se decompor de 60 a 90 dias.
 
Atualmente, o Ingeo está sendo mais utilizado em roupas de cama, mas fez sua
estreia nas passarelas  em 2010 num desfile da Fashion Summit patrocinada pela
 Nordic Initiative Clean and Ethical. 
 
Depois de sua aparição no mundo da moda, esperamos que seja apenas uma
questão de tempo antes que o Ingeo faça o seu caminho até o mercado de massa.
 
 
 

 

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Fonte: fashionmag

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