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22/09/2011 | Categoria: Economia
Vale do Itajaí vive momento de expectativa com alta do dólar
Cotação em alta da moeda americana favorece exportadores e preocupa quem depende de matéria-prima importada
A crescente alta do dólar registrada nos últimos dias tem gerado expectativas boas e ruins nas indústrias têxteis e metalmecânicas do Vale do Itajaí. Com o valor da moeda americana em ascensão, os preços dos produtos importados sobem e as exportações dessa região ganham melhores condições de competir lá fora.
Mas também preocupa quem depende de matéria-prima importada. Nem a volta de uma operação de venda de dólares pelo Banco Central, depois de mais de dois anos, fez a moeda abandonar a alta engatada nas últimas semanas. No Brasil, a cotação fechou em R$ 1,8845 nesta quinta-feira.
O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau, Hans Bethe, destaca que muitas empresas modernizaram o parque industrial, investindo em máquinas novas e aprimorando a produção. Como a maioria da tecnologia é importada, terão de desembolsar mais do que o previsto para pagar a conta.
Além disso, alguns segmentos usam matéria-prima exclusivamente importada, elevando o custo da produção e do produto. Por outro lado, os exportadores aproveitam a "brisa" do mercado, como definiu Bethe, para incrementar o faturamento.
– Muita gente vai passar o fim de semana na expectativa – disse, apontando ser muito cedo para falar em demissões ou crise no setor.
Entre os têxteis, a avaliação do cenário é positiva. Principalmente pelo ganho na exportação. O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Renato Valim, aponta que, apesar de parte da matéria-prima ser importada, contribui para maior competitividade na exportação.
– Não se sabe até quando vai, mas no balanço geral, é positivo para o setor – comentou, lembrando que estimativas apontam um déficit de aproximadamente US$ 5 bilhões na balança comercial têxtil em 2011.
Cenário pode elevar preços no mercado interno brasileiro
O professor doutor em Ciências Contábeis e Administração, Jorge Eduardo Scarpin, aponta cenário favorável para as empresas da região. Como o preço dos concorrentes, principalmente dos chineses, fica mais caro, favorece à exportação. Lembra ainda que as empresas vendem em dólar, mas faturam em real, aumentando o faturamento.
Scarpin destaca, porém, que o cenário pode criar um efeito colateral:
– Como fica mais vantajoso exportar, o preço no mercado interno (Brasil) acaba ficando mais caro – disse, apontando principalmente itens como carne, soja e açúcar.
Para ele, porém, a alta da moeda americana deve ser contida logo.
– Como entra mais dólar do que sai no Brasil, até o final do ano o dólar deve voltar para o patamar entre R$ 1,60 e R$ 1,70 – concluiu.
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